domingo, 13 de junho de 2010

INFLUENZA A (H1N1) - ESCLARECENDO DÚVIDAS

Circulam boatos na internet tentando inviabilizar a campanha de vacina com falsas informações que foram se propagando e influenciando até médicos a não indicarem a vacina.
Boatos falsamente atribuídos às vacinas contra influenza
1- Que a OMS não deveria ter declarado pandemia, pois, se trata de uma gripe comum semelhante a sazonal. Vários estudos mostram a gravidade do comprometimento pulmonar nesta nova gripe, bem maior do que na gripe sazonal e o comprometimento de faixas etárias diferentes. Os casos graves ocorrem mais na criança menor de 2 anos, no adulto jovem, nas gestantes e em indivíduos com doença crônica em qualquer idade, bem diferente da influenza sazonal nos quais os casos graves ocorrem mais em idosos, geralmente associado a doença crônica pré-existente.
2-Que a vacina foi aprovada rapidamente sem realização de testes - Havia uma preocupação grande com a 2ª onda da pandemia nos países do hemisfério norte e por isso a aprovação foi rápida, porém baseada em testes realizados pelos laboratórios produtores e outros. Tecnicamente a produção da vacina H1N1 não é diferente da produção da vacina sazonal, que sofre reformulação a cada ano de acordo com novas cepas circulantes.
3-Que a vacina estava sendo produzida a partir de células de animais -São utilizados para a produção da vacina A (H1N1) ovos embrionados, da mesma maneira como é produzida a vacina sazonal. Não se usam células animais.
4-Que a vacina não é segura nem tem boa eficácia - inúmeros estudos vêm sendo feitos evidenciando a eficácia e a segurança da vacina e publicados em revistas confiáveis como o The Lancet e o New England.. À medida que vai se disseminando a utilização da vacina para mais países, vai crescendo o número de estudos.
Na Cidade do Rio de Janeiro foram aplicadas de 8/3 até 25/3, 92.798 doses da vacina e foram notificados 58 eventos adversos (0,10%). Os mais comuns foram dor de cabeça, dor muscular, febre menor que 39ºC, diarréia, náuseas, sintomas estes que duram de 24 a 48 h e desaparecem espontaneamente. Eventos locais mais freqüentes- dor e inchação.
5- Que o Timerosal teria um efeito nocivo. O timerosal é um conservante utilizado em algumas vacinas, inclusive nas vacinas H1N1. O mercúrio que faz parte do timerosal é o etilmercúrio, que não se acumula no organismo humano, por ser metabolizado rapidamente. A forma tóxica do mercúrio é o metil mercúrio, não incluído nas vacinas.
A segurança do timerosal foi revisada inúmeras vezes, concluindo-se por sua inocuidade, e por isso ainda é usado em vacinas, aplicadas inclusive em gestantes
6- Adjuvante teria efeito nocivo: O adjuvante tem a funçaõ de aumentar o poder imunogênicao da vacina. O adjuvante utilizado nas vacinas H1N1 é o esqualeno, que é um óleo produzido por plantas e presente em muitos alimentos. Também é produzido pelo corpo humano, sendo um precursor do colesterol. Vacinas contra influenza contendo esse adjuvante são utilizadas há muitos anos, com aplicação de milhões de doses e o perfil de segurança tem se mostrado adequado.
É recomendado o uso da Vacina A H1N1 para proteger a população contra a provável segunda onda de influenza que deve ocorrer nos meses de inverno. Pelos estudos já realizados e pelo número enorme de vacinados em todo o mundo e reações adversas otificadas até a data atual, concluímos que a vacina tem boa eficácia e é segura.

Nenhum comentário: